A Intimidade com Deus é algo
peculiar. Não existe regra para ser íntimo de Deus mas certamente para ter
intimidade com Deus, antes de mais nada é necessário ter um encontro verdadeiro
com Jesus Cristo. Há uma série de fatores que acontecem quando temos um real
encontro com Jesus e existem características daqueles que conhecem
verdadeiramente a Cristo e o seguem. Diz a Palavra de Deus: “Pelos frutos se
conhece a árvore.”
A intimidade com Deus apesar de não
haver uma regra, existem um caminho a percorrer para alcança-la, além de ter
tido um encontro verdadeiro com Cristo, alguns procedimentos nos levam a
conhecer mais o Pai, a reconhecer a vontade Dele e a estar ligado a Ele e
consequentemente a termos intimidade com Ele. Qualquer pessoa pode ter esse
encontro com Jesus mas nem todas chegam a ser íntimos de Deus porque para isso
é necessário uma busca incessante e muita renúncia mas é totalmente possível e
aqueles que se tornam íntimos de Deus, recebe Dele créditos que na terra
chamamos de Poder.
Não é fácil alcançar esta ligação mas é absolutamente possível ao homem
e é desejo do Pai que o conheçamos cada dia mais e que possamos estar sempre
gozando das maravilhas do que é verdadeiramente ter um Pai zeloso, que nos ama
e que nos concede a honra da sua
presença e que só reconhece com profundidade esse amor que passa a entender um
pouco mais Deus porque Ele sempre revela aos seus filhos a Sua vontade.
A conversão
A conversão é algo além daquilo que
entendemos quando alguém ouve falar de Cristo e se compadece daquele que só
queria o bem de todos. Ter sido humilhado, caluniado, e por fim, morto porque
queria salvar um povo que estava se esquecendo de Deus. Existem diversas
maneiras de converter-se mas de diferentes maneiras a conversão sofre
transformações no dia a dia , que é algo que parece estar distante de nós.
Quando passamos tribulações a Palavra de Deus parece se distanciar mais e mais
de nossa realidade e conseguimos muitas vezes colocar aquilo que aprendemos de
Deus como mais um fato histórico dentre os muitos que ouvimos no decorrer de
nossas vidas. Ao menos imaginamos que Jesus não viria e daria a vida por nós
para que isso se tornasse apenas mais um fato histórico, precisamos lembrar em
qualquer momento de nossas vidas que Jesus se tornou um marco. Assim como Ele
foi um marco na história da humanidade, marcou uma época, ou seja, fez
separação entre o Antes de Cristo (AC) e o Depois de Cristo (DC), assim também
deve ser um marco a presença de Deus em nossas vidas quando conhecemos Jesus
como salvador deve ser marcado por uma época em que as obras que eram
realizadas no passado não se realizam mais a partir do momento em que Jesus entra em nossa
vida e nos resgata das trevas para a luz, ou seja, “as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”, torna-se a
partir de então uma nova criatura. Certamente que quando Jesus entra em nossas
vidas o nosso caráter é modificado, ficamos em paz conosco, e acreditamos que em todas as coisas somos mais do que
vencedores. Se há algo que não o faz pensar assim no momento em que precisa
pensar por você mesmo e exercitar a fé, há algo errado na nossa conversão.
A conversão é refletida nas nossas
atitudes, onde quer que possamos ir ou fazermos, o caráter de Cristo deverá ser
o reflexo de nossas vidas. Muitas vezes nos momentos das adversidades, não
conseguimos agir como um Cristão e em muitos momentos damos margem aos outros
atribuírem a nós o emblema de falso Cristão porque procuram em nós atitudes
diferentes do mundo e não encontram. Nesta hora há de se questionar o porquê
levamos em nós as marcas de Cristo se não renunciamos a nossa própria vontade e
não fazemos o que Ele nos manda. Precisamos aprender a sermos Cristãos no
momento em que somos feridos, provados e até mesmo injustiçados porque sabemos
que Jesus Cristo defenderá a nossa causa porque nos prometeu estar conosco até
a consumação dos séculos e recebeu do Pai a atribuição de advogado a nosso
favor.
Existe a necessidade de nos tornarmos
verdadeiros cristãos porque de nada adiantaria estar enganando a nós mesmo e
invocar a presença de Deus que você mal conhece e não tem nenhuma intimidade,
porque quem busca intimidade com o Pai, encontra e quando encontra tem certeza
que nas adversidades o Senhor é por ele porque Deus não abandona os seus.
A ligação com Deus
Volto a questão anterior onde questiona a relação
das atitudes espirituais com as atitudes humanas, normais da vida. É simples, somos
compostos por três elementos de suma importância para que o ser humano tenha vida e seja completo, corpo, alma e espírito. O
corpo é isso que nós podemos ver, é palpável, é concreto, a alma é algo
abstrato mas podemos senti-la é o que nos anima, e nos trás sentimentos, o
espírito é muito mais que abstrato, esse não podemos sentir, é o nosso próprio eu. Todos esses três
elementos estão ligados, um sem o outro não podemos chamar de vida humana. Logo
para que tudo vá bem é preciso harmonizar esses três elementos. O corpo precisa
estar saudável, a alma equilibrada e o espírito, como foi algo que veio do
Criador, esse é preciso estar ligado, sintonizado com Ele, por isso, somos
portadores de eterna necessidade de estarmos ligados ao Pai , caso contrário
fica um vazio, algo fica desconecto, há um descontrole pois sem ligação do
espírito, a alma sente e o corpo perece, mas o encontro harmônico desses três elementos
resulta em algo que muitos já não acreditam mais, outros estão em busca e
poucos encontram, a felicidade. Por isso afirmo que não nascemos para sermos
infelizes, ao contrário disso, nascemos para encontramos a felicidade nesta
vida. Quando ligamos o nosso espírito com o Espírito do Pai nos fortalecemos e
temos uma sensação de paz e alegria que resulta em felicidade. Por
isso está escrito na Bíblia “A alegria do
Senhor é a nossa força” e quando
recebemos essa força, somos capazes de
tudo, “Tudo posso naquele que nos
fortalece”. A ligação com o Pai nos distancia da solidão e os momentos
difíceis da vida vão se tornando mais fáceis, o que estava oculto, aparece, o
impossível torna possível, o corpo fica são e a alma se enche de paz. Há uma
diferença na maneira de olharmos as coisas quando estamos ligados ao Pai, parece
que subimos alguns degraus e podemos ver as coisas por cima. Muitas coisas que
parecem obscuros para os outros para nós passa a ser bem claro, os obstáculos
parecem ser aplainados mas tudo isso sentimos quando nos encontramos nessa
ligação. Vemos tudo pelo lado bom e nosso corpo responde a essa visão limpa das
coisas em plena satisfação. “Se os seus
olhos forem bons , todo o vosso corpo será luz e os seus olhos forem maus, todo
o vosso corpo será trevas.” Essa
ligação com o pai não é fácil ser alcançada porque temos um corpo com tendência
as coisas carnais ou seja , prazeres que nos afastam do Espírito de Deus. São
inclinações carnais que precisam ser vencidas para que nosso espírito se ligue
com Deus porque Deus é Santo e é Espírito. A inclinação da carne leva ao homem
a cometer erros muitas das vezes irreparáveis. Como vamos nos unir com o
Espírito de Deus se tendemos as coisas carnais? As inclinações da carne nos
levam a caminhos maus. E está escrito “ A
luz não combina com as trevas” , desta maneira é impossível, estar em
deleites carnais e estar em harmonia com Deus. “Deus é espírito e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Para estarmos nessa comunhão da carne com o espírito,
envolvido pelo enlace da alma que é o que nos faz sentir, é preciso voltarmos o
nosso corpo as coisas espirituais. Como nosso corpo tende aos deleites carnais,
precisamos sacrificar nossos corpos. “Apresentai vossos corpos como
sacrifício santo e agradável ao Senhor”.
É uma questão de sobrevivência espiritual sacrificarmos, ou seja,
não nos deleitarmos carnalmente com prazeres obscuros para nos aproximarmos do
Espírito do Senhor. De maneira que possamos dizer: “ Não sou mais eu quem vivo, Cristo vive em mim” . Deus não quer com isso, tornar impossível a ligação com ele ao contrário, antes traçou
regras para os homens seguirem e serem felizes com ela. O casamento, por
exemplo é uma maneira de extravasar a parte carnal sem perder a comunhão com
Deus.
É bem verdade que tudo na vida passa, existe
até uma história, para enfatizar o que digo, assim: “Um rei , muito poderoso,
pediu ao filósofo da corte que fizesse uma frase tão pequena que coubesse na
pedra do seu anel e ao mesmo tempo tão significativa que servisse tanto para os
bons quanto para os piores momentos da vida. Depois de algum tempo, o filósofo
veio trazer o pedido do rei. Ele mandou que escrevesse na pedra do anel do rei,
"isso também passará”. Tudo na
vida passa mas dependendo de como plantamos é que colhemos. Não podemos plantar
uvas e colher abacates. Antes, se quisermos comer abacates, temos que plantar
abacate e mais que isso, o que plantamos hoje, não colhemos hoje, esperamos
crescer e frutificar e não sabemos quando acontecerá a frutificação, mas
certamente colheremos abacates se assim o plantamos. A própria vida passa e é
nisso que precisamos pensar. A vida passa para todos sem exceção e certamente
essa passagem deverá ser administrada pelo dono da vida. A Bíblia nos ensina uma série de regras para
vivermos, não porque Deus é um ser ditador ou quer que vivamos feito uns
bonecos, prova disso, nos deu o livre arbítrio. Ele dita regras ou leis para
procedermos no intuito de não nos vermos machucados. Ele conhece as
conseqüências de cada ato e por isso,
antes que venhamos a seguir por caminhos de morte, ou caminhos que venha nos
trazer malefícios, Ele mostra onde e como procedermos, todas essas coisas nos
mostram o amor de Deus pelas nossas vidas. Normalmente quem vive burlando tais
regras, sempre arranjam desculpas para não acreditarem ou mesmo, não seguirem
os preceitos Bíblicos envolvidos pelo dissabor
de engolir uma palavra que inicialmente é amarga e de difícil degustação mas
uma vez digerida, se torna doce como o mel pelos benefícios que nos causam. A
Bíblia é toda feita para nós homens e não é impossível de ser seguida , como
muitos dizem, é uma questão de querer estar debaixo dos ensinamentos daquele
que conhece tudo de nós, aquele que nos criou e quanto mais tendente as coisas
carnais mais se torna difícil seguir os ensinamentos Bíblicos. A Bíblia foi
feita pela necessidade humana, ou seja, a humanidade estava se perdendo e
sofrendo. Os anjos não precisam de Bíblia, os demônios muito menos, a Bíblia é
uma necessidade nossa, dos humanos para não nos perdermos e não nos
enveredarmos pelo caminho que os demônios (tentador) nos levam. Entre o Antigo
e o Novo Testamento existe aproximadamente quinhentos anos que Deus silenciou
com a humanidade e conta a história que foram tempos de muita guerra e muita
tribulação. Isso vem nos mostrar que a
Palavra de Deus traz bênçãos para as nossas vidas.
Ninguém poderá deter aquele que é íntimo de Deus
Como disse anteriormente, para ser
íntimo de Deus tem que dar a Ele o primeiro lugar. Neste momento essa intimidade nos trás uma
unção poderosa porque Ele passa a fazer parte da sua vida e está escrito que "se Deus é por nós, quem será contra nós",
também está escrito "operando Deus,
quem impedirá". O homem íntimo de Deus passa a ver a vida por um outro
prisma, do alto. Deus nos leva a conhecer segredos que Ele revela a poucos e
quando vemos os problemas se formando em nossa frente a visão do alto nos faz
ver o que vem a frente da situação, que é a resposta de Deus e o problema acaba
em não nos abalar. Quando lemos a Bíblia Ele nos mostra coisas ocultas, quando perguntamos,
Ele nos responde, quando precisamos, Ele supre as nossas necessidades e vai
sempre além disso nos surpreendendo, Ele mostra todo o tempo que é conosco e
nos ama e esse amor nos fortalece.
Ser íntimo de Deus é ser como
Sadraque, Mesaque e Abedinego que não quiseram obedecer a ordem do rei para não
desagradar a Deus com a idolatria, essa intimidade deu a eles a certeza que
Deus estaria com eles naquele momento difícil em que o rei mandou que os
jogassem na fornalha acessa sete vezes mais, eles eram íntimos de Deus e sabia
que Deus não os abandonaria e não fraquejou, Deus mostrou ser com eles quando
esteve dentro da fornalha com eles e os livrou da morte.
Ser íntimo de Deus é ser como José
que acreditou no sonho que Deus havia dado a ele e mesmo nas adversidades, foi
fiel a Deus, não se entregou aos encantos da mulher de Potifar mesmo sabendo
que poderia sofrer pela escolha de não pecar e o mais lindo nessa história é
que mesmo na prisão, José continuava fazendo a obra de Deus e foi através da
obra de Deus, interpretando o sonho dos outros, dom que Deus havia dado a ele,
que foi retirado da prisão e se tornou
governador e virou um homem muito poderoso. Pela intimidade que José tinha com
Deus, ele sabia que Deus não o abandonaria
e que Deus cumpriria as promessas Dele na vida de José a seu tempo.
Por ser íntimo de Deus, Jesus
realizou grandes sinais e milagres e se entregou por amor a nós na certeza de quem em três dias ressuscitaria
dentre os mortos e estaria hoje a direita de Deus Pai todo Poderoso
intercedendo por nós e nos deixou o Espírito Santo para não nos sentirmos
sozinhos porque Deus é Deus fiel e não abandona os seus.
Ser íntimo de Deus hoje para nós é
termos o Espírito Santo e deixarmos ser guiados por Ele. Disse Jesus: “Eu vou para o Pai mas não vos deixarei
órfãos, enviarei o consolador, a fonte de toda verdade que virá do Pai para vós
e falará tudo a meu respeito.” Este Espírito Santo está conosco para nos
consolar, exortar e edificar e quanto mais íntimos formos do Espírito Santo
brasas vivas estarão constantemente sobre nossas cabeças e a partir daí podemos
ver o Poder de Deus em nossas vidas. Os milagres acontecem e a Palavra de Jesus
se cumpre quando Ele disse que obras maiores faríamos em nome Dele. Quando
acendemos uma lâmpada mesmo se a colocarmos embaixo da cama, aparecerá a sua
luz porque ninguém poderá conter o homem cheio do Poder de Deus. Certamente
Deus usará a sua luz para iluminar aqueles que andam em trevas porque a
intimidade com Deus tornará a causa de Deus a nossa causa.
Não podemos nos esquecer que o
preço de salvação já foi pago na cruz do Calvário mas o preço de
alcançarmos essa intimidade, é dando a
Deus o primeiro lugar em nossas vidas em oração, ações de graça, fidelidade, obediência,
sacrifícios santos e agradáveis ao Senhor e meditar na Palavra de Deus. É
invencível aquele que segue esse caminho e torna-se íntimo de Deus.
Bibliografia: O verdadeiro encontro com Deus
Autora: Jani Guimarães Milagres
Nenhum comentário:
Postar um comentário